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Em busca de redenção depois de três derrotas, Barão nega declínio: "É fase"

Aljamain Sterling e Renan Barão se cumprimentam após vitória do jamaicano sobre o brasileiro no UFC 214 - Sean M. Haffey/Getty Images
Aljamain Sterling e Renan Barão se cumprimentam após vitória do jamaicano sobre o brasileiro no UFC 214 Imagem: Sean M. Haffey/Getty Images

Felipe Paranhos, em Salvador (BA)

Ag. Fight

15/02/2019 09h22

Renan 'Barão' vive o pior momento de sua longa carreira no MMA. Nas últimas três de suas 42 lutas profissionais, só derrotas. Nos seis combates mais recentes, apenas um triunfo. A dura sequência aponta para um declínio natural para atletas tão tarimbados quanto o potiguar. No entanto, 'Barão' negou, em entrevista exclusiva à Ag. Fight, que viva uma queda técnica e física. Segundo o ex-campeão dos galos (61 kg), trata-se apenas de uma "fase" que será revertida a partir deste domingo (17), quando enfrentará Luke Sanders no UFC Phoenix.

Decadência ou fase, fato é que o brasileiro precisa buscar sua redenção no Ultimate. E não só pelos reveses recentes: no seu último compromisso, contra Andre Ewell, no UFC São Paulo, em setembro do ano passado, Renan não bateu o peso de sua categoria por 2,6 kg. Desta vez, o ex-campeão alega ter chegado "mais leve" a Phoenix e garantiu que não vai "correr o risco" de estourar o limite da divisão.

A luta contra Ewell, na qual perdeu por decisão dividida, também mereceu análise de 'Barão'. O potiguar reconheceu ter errado nos dois rounds finais, ao se manter na trocação com o ágil americano ao invés de levá-lo para o chão, situação que o fez ganhar o primeiro assalto e quase finalizar o adversário.

"É verdade, não foi o melhor que pude mostrar. Eu fugi um pouco da estratégia, fiquei um pouco... Levei uma pancada, também, fiquei um pouco fora da luta, então acho que isso me custou caro. Mas agora eu estou no foco total em fazer a minha estratégia, para dar tudo certo", comentou, antes de apontar qual deve ser o caminho para o confronto contra Sanders.

"Nosso carro-chefe é o jiu-jitsu. Eu vim do jiu-jitsu. É o jogo de trocação ali, e quando tiver oportunidade, botar para baixo e tentar pegar a todo momento", declarou. O rival de Barão foi finalizado em duas das suas últimas três derrotas. "Treinamos muito a parte de wrestling e de grapplng, jiu-jitsu... Então, estou bem preparado para o jogo que for necessário", acrescentou.

Renan negou estar em um processo de queda de rendimento. De acordo com o atleta da American Top Team, trata se de uma "fase" negativa. O lutador, que contará apenas com integrantes da academia em seu córner - e não mais com Jair Lourenço, seu treinador desde o início da carreira - comentou o que mudou em sua preparação.

"Eu fiz todo o meu camp na American Top Team, que é onde eu tenho treinado, e eu decidi levar os córneres de lá dessa vez. Os caras estavam me acompanhando lá a todo momento, então acho que seria melhor", afirmou. O principal córner de Barão será o técnico Marcos 'Parrumpinha', encarregado de orientá-lo na tentativa de reverter o mau momento.

"É fase. Ali estão os melhores do mundo, então se você erra em alguma coisa, você paga o preço. E eu infelizmente na última luta paguei o preço por errar. Foi isso. (...) Lá estão os melhores do mundo. Ninguém é bobo. Uma vírgula que você fizer diferente, no momento da luta, você paga o preço. E era só isso que estava acontecendo. Consegui treinar bem, sempre treinei muito, mas na hora não estava conseguindo executar", falou à Ag. Fight.

'Barão', de 32 anos, disse não temer uma eventual demissão em caso de derrota. Alegando não saber quantas lutas tem no seu atual contrato com o Ultimate, o potiguar afirmou que seu foco é "se divertir", sem "pressão nenhuma". No entanto, hesitou ao analisar se seu corpo já sente o baque das 42 lutas e dos 14 anos de carreira: "Pode ser que sim, mas... Quanto a isso... Acho que não".

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