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Justiça condena Bruno por falta grave e ele pode ser transferido para presídio de BH

12/02/2019 13h48

A situação de Bruno Fernandes da Dores voltou a se complicar. De acordo com informações divulgadas pelo "Estado de Minas", o ex-goleiro foi condenado na segunda-feira pela Justiça por falta grave, ao ser visto na companhia de mulheres e com bebida alcoólica, após marcar um encontro por celular na associação na qual também fazia alguns trabalhos, em Varginha (MG).

Caso a condenação se confirme, Bruno não só tende a ter seu direito a progressão de pena a partir de 2023, como também pode ser transferido novamente para o presídio de Belo Horizonte, onde declarou possuir residência. Além disto, perderá o direito do trabalho externo. A defesa do ex-goleiro informou que irá recorrer.

A denúncia ocorreu em 18 de outubro de 2018, em uma reportagem da TV Alterosa. Bruno estava em um bar da Associação de Esportes, próxima à Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), no horário em que, a princípio, deveria trabalhar. Ao seu lado, estavam mulheres e, na mesa, havia uma lata de cerveja.

Embora Bruno tenha sido absolvido no Processo Administrativo Disciplinar (PAD) interno do presído, o juiz Tarciso Moreira de Souza, da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais de Varginha, reapreciou o caso a pedido do Ministério Público. De acordo com o juiz, "o simples fato de utilizar aparelho celular, para a finalidade de marcar encontro com pessoa que não faz parte da família, bem como estar, na companhia de pessoas, sejam homens ou mulheres, que não guardam relação com o local em que prestava trabalho externo, estando o reeducando em cumprimento de regime fechado, por si só já configura falta grave".

ENTENDA O CASO

Preso desde 7 de julho de 2010, sob acusação de de envolvimento no desaparecimento da modelo Eliza Samudio, Bruno foi julgado em 8 de março de 2013. O goleiro recebeu a pena de 22 anos e três meses de prisão por sequestro, assassinato e ocultação de cadáver da modelo. Além disto, foi configurado sequestro e cárcere privado do filho Bruninho, de quem não tinha reconhecido a paternidade.

Mesmo sendo condenado, Bruno ficou preso enquanto aguardava o julgamento do recurso da defesa ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG). Em fevereiro de 2017, o ministro do STF, Marco Aurélio de Mello, chegou a determinar sua soltura.

Após deixar a cadeia, o goleiro foi contratado pelo Boa Esporte, em acerto que rendeu a fuga de patrocinadores do clube. Sua trajetória durou cinco partidas no Hexagonal Final do Módulo II do Campeonato Mineiro. Porém, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou ao Supremo Tribunal a revogação do habeas corpus.

O STF, por três votos a um, exigiu que Bruno voltasse imediatamente para a cadeia. Atualmente, ele cumpre pena em Varginha, conforme autorizado pelo TJ-MG. Além disto, recebeu autorização em agosto de 2017 para dar aulas de futebol a crianças e adolescentes no Núcleo de Capacitação para a Paz (Nucap)

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