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Pato será o próximo? Lembre jogadores que já defenderam três dos quatro gigantes de São Paulo

07/02/2019 11h00

Muitos dizem que o amor à camisa no futebol acabou há faz tempo, mas também existem aqueles que afirmam que se pode amar várias camisas, especialmente se essa paixão for divididas entre rivais. Alexandre Pato, por exemplo, caso negocie sua ida para o Santos, defenderá três dos quatro gigantes paulistas, uma vez que já atuou por Corinthians e São Paulo.

Pato não é o único e nem será o último. Há uma extensa lista de atletas que fizeram um 'tour' por rivais do estado nas últimas décadas. Pensando nisso, o LANCE! traz uma seleção de jogadores que vestiram três das quatro maiores camisas de São Paulo. Lembre, na galeria a seguir, alguns desses importantes nomes que transgrediram a rivalidade e escreveram histórias em concorrentes.

ROGER

Revelado pela Ponte Preta, Roger foi contratado em 2005 pelo São Paulo como uma grande promessa na posição de centroavante, mas nunca se firmou e acabou sendo emprestado várias vezes, sendo que na primeira delas foi parar no Palmeiras, em um negócio que envolveu a ida do lateral-esquerdo Lúcio para o Tricolor. No Verdão, em 2006, também não vingou. De lá para cá foram muitas andanças dentro e fora do Brasil, até chegar ao Corinthians, em 2018, quando teve outra passagem apagada por um dos gigantes do estado.

EDU DRACENA

Depois de vitoriosas passagens por Cruzeiro e Fenerbahçe-TUR, Edu Dracena foi contratado pelo Santos em 2009 para iniciar outra trajetória com ainda mais títulos. Ao todo foram seis taças conquistadas com o Peixe, sendo ele o capitão do time no título da Libertadores de 2011. No começo de 2015, rescindiu contrato por conta de atrasos salariais, e assinou vínculo com o Corinthians.

No Timão, conquistou o Campeonato Brasileiro de 2015 sob o comando de Tite. No entanto, no fim daquele ano rescindiu com o clube alegando falta de oportunidades. Em 2016 acertou contrato com o Palmeiras, onde venceu o Brasileirão daquela temporada e repetiu a dose em 2018. Atualmente continua vestindo a camisa do Verdão e atua constantemente no rodízio de Felipão.

AROUCA

Formado pelas categorias de base do Fluminense, Arouca era disputado por vários clubes do país, mas o São Paulo, na época ostentando o tricampeonato brasileiro venceu a concorrência e o contratou em 2009. No entanto, o volante não teve o sucesso esperado no Tricolor e acabou sendo envolvido em uma troca, por empréstimo, com o Santos, que cedeu Rodrigo Souto ao clube do Morumbi. No Peixe, porém, Arouca brilhou e conquistou seis títulos, incluindo a Copa Libertadores de 2011.

No começo de 2015, por conta de atrasos no salário, entrou com ação judicial contra o Alvinegro da Baixada. Depois de um acordo, rescindiu contrato e assinou com o Palmeiras, sendo importante para a conquista da Copa do Brasil naquele mesmo ano. As lesões acabaram minando a passagem do jogador pelo Verdão e, após empréstimos para o Atlético-MG e Vitória, encerrou a trajetória no Alviverde no último mês, quando terminou seu vínculo com o clube.

RIVALDO

Um dos melhores jogadores da história do futebol brasileiro, ídolo do Barcelona e campeão do mundo com a Seleção Brasileira em 2002, Rivaldo começou a carreira no Santa Cruz, mas foi no Mogi Mirim que chamou a atenção, fazendo parte do "Carrossel Caipira", ao lado de Válber e Leto. Em 1993, foi contratado por empréstimo pelo Corinthians, mas sem acordo com o time do interior pela contratação definitiva, o meia-atacante deixou o clube.

Em meados de 1994, o caminho então ficou livre para o Palmeiras, com a parceira Parmalat, comprar o jogador e juntá-lo às outras estrelas da equipe, que naquele mesmo ano conquistaram o Brasileirão. Em 1996, Rivaldo levantou outro título com o Verdão, dessa vez o Paulistão, fazendo parte daquele que talvez tenha sido o time mais espetacular do clube nas últimas décadas.

Perto de completar 39 anos, em 2011, quando seu auge no futebol já tinha passado e sua última camisa havia sido a do Bunyodkor, do Uzbequistão, o meia-atacante assinou contrato de uma temporada com o São Paulo. Por lá já não teve o mesmo sucesso de outrora, mas fechou sua passagem com sete gols e não teve seu vínculo renovado para 2012.

RICARDINHO

Campeão mundial pela Seleção Brasileira em 2002, ficou conhecido no país desde que chegou ao Corinthians, em 1998. No Timão, além de fazer parte de alguns dos grandes times da história do clube com Rincón, Vampeta e Marcelinho Carioca, acumulou sete títulos, entre eles o do Mundial de Clubes de 2000. Esse conjunto da obra o levou ao auge da carreira que foi disputar e vencer a Copa do Mundo de 2002, chamado por Felipão.

Após a conquista no Japão e na Coreia do Sul, Ricardinho foi negociado com o São Paulo, naquela que, na época, era a maior transferência entre clubes no futebol brasileiro. A expectativa criada com esse negócio fora dos padrões não foi concretizada dentro de campo. A passagem apagada pelo Tricolor durou até 2004, quando se transferiu para o Middlesbrough, da Inglaterra.

No clube inglês o período foi curto e no mesmo ano retornou ao Brasil para vestir a camisa do Santos, sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, com quem já havia trabalhado. A parceria voltou a dar certo e ambos foram essenciais para a conquista do Brasileirão daquela temporada. Em 2006 deixou o Santos para ter mais uma passagem pelo Corinthians.

EDMUNDO

Revelado pelas categorias de base do Vasco, Edmundo foi uma das maiores contratações do Palmeiras na "Era Parmalat". A partir de 1993, fez parte do time multicampeão e se tornou um dos maiores ídolos da história do clube, onde conquistou cinco títulos e despontou de vez para o cenário do futebol brasileiro. Ainda retornou ao Verdão em 2006, quando o time já não tinha as mesmas estrelas de outrora, mas ainda assim foi destaque.

Antes dessa última passagem pelo Alviverde, Edmundo teve passagens por rivais do estado. O primeiro foi o Corinthians, em 1996, onde chegou com status de ídolo para tentar a conquista da Copa Libertadores. Ficou por pouco tempo no clube e marcou mais de 30 gols, mas encerrou seu período por lá de forma contraditória e no mesmo ano foi jogar no Vasco.

Em 2000, depois de ter se desentendido com Romário e com a diretoria do Vasco, em uma de suas várias passagens pelo clube carioca, foi emprestado ao Santos, onde novamente chegou com pompa de grande contratação. Apesar de ter ido bem com camisa do Peixe, sofreu com o atraso de salários na Baixada e acabou sendo devolvido ao time de São Januário.

RINCÓN

Um dos destaques da seleção colombiano no início dos anos 90, Rincón foi contratado pelo Palmeiras para a temporada de 1994. Após conquistar o título paulista e disputar a Copa do Mundo daquele ano, o meia foi negociado com o Napoli e chegou a ter passagem pelo Real Madrid, mas em 1996 voltou ao Verdão, mais uma vez por um curto período.

O sucesso no Brasil veio mesmo no Corinthians, a partir de 1997, quando mudou até de posição e se tornou um dos melhores volantes do país, dominando o setor por alguns anos, tendo como companheiros Vampeta, Ricardinho e Marcelinho Carioca. Conquistou cinco títulos pelo Timão, entre eles o Mundial de Clubes de 2000, quando era capitão da equipe.

No mesmo ano de 2000, seduzido por uma proposta salarial maior, Rincón deixou o Corinthians e assinou contrato com o Santos, que naquela época havia firmado parceria com uma empresa para rechear o elenco de estrelas, o projeto não deu certo e houve atrasos nos salários do jogadores. Em meados do ano seguinte, o colombiano deixou o Peixe rumo ao Cruzeiro.

VIOLA

Personagem folclórico do futebol brasileiro, Viola passou por muitos times durante sua extensa carreira como profissional. Revelado pelo Corinthians, teve um início de trajetória marcante ao marcar o gol do título paulista em 1988. Depois disso, passou por um período de baixa e acabou deixando o clube, mas retornou em 1992 para, aí sim, ter uma passagem consistente. Conquistou outro Paulistão, em 1995, e uma Copa do Brasil no mesmo ano.

Foi vendido ao Valencia, mas não se adaptou à Espanha e retornou ao Brasil para jogar no maior rival do Corinthians: o Palmeiras, clube que Viola havia provocado imitando um porco na decisão do Paulista de 1993. Apesar de ter marcado importantes gols e conquistado um vice-campeonato brasileiro pelo clube, não conseguiu repetir o mesmo sucesso de outrora e deixou o Alviverde.

Em 1998 assinou com o Santos, onde retomou a carreira e conquistou artilharias, como a do Campeonato Brasileiro e da Copa Conmebol, a qual foi vencida pelo próprio Peixe. Com o fim do empréstimo, em meados de 1999, foi transferido ao Vasco. No entanto, retornou para mais uma passagem em território santista no ano de 2001, quando não repetiu suas boas atuações.

ZETTI

Talvez as gerações mais novas não saibam ou tenham esquecido, mas Zetti iniciou sua carreira no Palmeiras, apesar de a estreia profissional ter sido pelo Londrina, em 1983. A chance de jogar pelo Verdão, porém, só veio em 1987, quando assumiu a posição após a expulsão do titular Martorelli, e não largou. Nesse período registrou o recorde, válido até hoje, de mais minutos sem ser vazado na meta palmeirense. Em 1988, sofreu uma grave lesão que o afastou dos gramados e acabou perdendo o posto para Velloso.

Em 1990, com o passe na mão, Zetti negociou sua transferência para o São Paulo, onde atingiu o auge de sua carreira conquistando 13 títulos, entre eles duas Copas Libertadores e dois títulos mundiais. O sucesso no Tricolor o levou para a Seleção Brasileira, com a qual levantou a taça da Copa do Mundo de 1994. Herói em várias conquistas e com mais de seis anos de serviços prestados, foi liberado pelo clube, que em seguida, promoveu Rogério Ceni.

Novamente com o passe livre, acertou com Santos em 1997. Em outro gigante do estado, novamente se tornou referência no gol e, apesar de já não estar no auge da carreira, ajudou o Peixe a conquistar dois títulos: o do Rio-São Paulo de 1997, e o da Copa Conmebol de 1998. Permaneceu na Baixada Santista até o fim de 1999, quando se transferiu para o atuar pelo Fluminense.

ELIVÉLTON

Atacante rápido e promissor, Elivélton apareceu para o futebol no São Paulo de Telê Santana, e fez parte das maiores conquistas do clube na década de 90. No Tricolor faturou cinco títulos, entre eles duas Libertadores e um mundial interclubes. Com o sucesso no Morumbi, o jogador recebeu oportunidades na Seleção Brasileira e foi negociado com o Nagoya Grampus, do Japão, em 1993.

Em 1995, retornou ao Brasil para defender o Corinthians e fez isso em alto estilo, deixando seu nome marcado na história do clube ao anotar o gol do título Paulista daquele ano contra o maior rival corintiano: o Palmeiras, justamente a equipe que ele defenderia na temporada seguinte, quando o Verdão conquistou o estadual com o famoso "ataque dos cem gols".

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