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Paolla Oliveira rejeita cobrança para ser 'tradicional': 'Falo o que penso'

Paolla Oliveira vive maternidade em "Papai é Pop": "Uma delícia de fazer" - Divulgação/Stella Carvalho
Paolla Oliveira vive maternidade em 'Papai é Pop': 'Uma delícia de fazer' Imagem: Divulgação/Stella Carvalho
do UOL

De Splash, em São Paulo

11/08/2022 04h00

O público que for aos cinemas assistir a "Papai é Pop", que estreia hoje, verá Paolla Oliveira em um papel diferente das muitas musas que a atriz viveu na TV e no cinema. No filme, uma comédia baseada em um livro de sucesso, ela vive uma mãe de primeira viagem, que enfrenta uma crise no relacionamento com a chegada da filha. O pai é interpretado por Lázaro Ramos.

Maternidade é um tema presente na vida de Paolla. Em 2020, a atriz revelou que foi orientada por um médico a congelar óvulos em razão do "envelhecimento precoce" do seu corpo. Hoje, ela diz que sim, ser mãe está no seu horizonte, mas que não vai se render às cobranças para a "posição de mulher tradicional".

"[A maternidade] faz parte do meu futuro. De maneira alguma me coloco em uma posição de mulher tradicional, acho que nem existe mais espaço para isso. Toda vez que eu puder falar, debater e demonstrar de alguma maneira quem eu sou e o que penso, eu farei isso para lutar contra este ou aquele lugar. Não quero estar em apenas um posto", diz a atriz.

Paolla Oliveira reflete sobre uma mudança que tomou na sua vida enquanto pessoa pública ao escolher expor mais abertamente o seu atual relacionamento, com o sambista Diogo Nogueira. Da mesma forma em que defende seu direito à discrição, Paolla quer poder falar e expor a sua vida pessoal livremente quando lhe convier.

Diogo Nogueira e Paolla Oliveira - Neuronha/Instagram - Neuronha/Instagram
O sambista Diogo Nogueira e a atriz Paolla Oliveira juntos no Rio de Janeiro
Imagem: Neuronha/Instagram

"Não existe modelo de perfeição, mas é bom demonstrar afeto, e tem sido uma opção minha agora. Eu falo muito de ser discreta, mas são tempos de a gente se orgulhar e demonstrar afeto, carinho, relações que falem de leveza e desse lugar do qual a gente precisa", afirma.

O papai é pop?

O novo filme com Paola e Lázaro, dirigido por Caíto Ortiz, é inspirado em "O papai é pop", livro de 2015 do escritor e palestrante Marcos Piangers, que já vendeu mais de 500 mil exemplares em países como Brasil, Portugal, Espanha e Inglaterra. Nele, o catarinense compartilha histórias de sua própria experiência com a paternidade, e reforça a importância dos laços familiares na criação.

Embora o título do filme e do livro reflitam inicialmente sobre a paternidade, o outro lado desta equação não é esquecido. No início da trama, é a personagem de Paolla quem mais se doa para a filha, preterindo carreira, amizades e vaidades em prol da criação, muitas vezes solitária, de Laura.

Lázaro Ramos e Paolla Oliveira rodaram a comédia 'Papai é Pop' em isolamento em virtude dos protocolos da covid-19 - Divulgação/Stella Carvalho - Divulgação/Stella Carvalho
Lázaro Ramos e Paolla Oliveira rodaram a comédia 'Papai é Pop' em isolamento em virtude dos protocolos da covid-19
Imagem: Divulgação/Stella Carvalho

"Sempre que a gente vai falar sobre empoderamento, estamos falando de movimentos que são individuais. E o filme traz o empoderamento relacional", explica Piangers. "A gente tem que falar do pai, mas para falar do pai, temos que falar da mãe. Da mãe-solo, da criança, dos amigos, do amigo que coloca aquela pilha ruim. Essa é a proposta de comunicação, em busca de famílias mais felizes, relacionamentos equilibrados e conectados."

Elisa Lucinda

Além de marido e mulher, uma terceira figura é importante para o desenvolvimento da trama: Gladys, mãe-solo do personagem de Lázaro que é interpretada pela atriz e poetisa Elisa Lucinda e traz uma camada de compreensão e conforto para o casal desesperado e perdido. Para Paolla, foi só depois das primeiras exibições públicas do filme e das reações da plateia e de jornalistas que a importância da dinâmica entre as duas mulheres ficou perceptível.

"A gente está se dando conta de algumas coisas só aqui, inclusive dessa relação com a sogra", conta em entrevista a Splash. "Lá, a Elisa [Lucinda] é tão presente, e foi tão maravilhosa. Houve uma situação muito interessante. Eu estou ali na pia lavando louça, descabelada, já tensa com a situação", recorda, sobre uma cena em particular do filme em que sua personagem está bastante atarefada e cansada.

"E eu olhei para a Elisa e ela disse: 'É isso mesmo, é bem isso'. Então eu pensei: 'Está certo, o caminho está certo'. Essa cumplicidade de fora e dessa gênia que é a Elisa só engrandeceu essa relação, e eu nem tinha me tocado que era tão importante, sobretudo diante de um filme com tantos aspectos. Ter alguém é muito importante, a [personagem] Elisa não tem uma mãe presente, na relação delas falta exatamente o que o filme propõe."

Por isso, para ela, o fato de não ser mãe acabou se transformando em um ponto positivo na sua relação de entendimento com a personagem e a sua situação complexa. "Eu tenho amigas muito presentes, tenho uma mãe muito presente. Todas elas estavam ali um pouquinho comigo", reflete.

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