Topo
Entretenimento

REPORTAGEM

Engenheiro que se diz criador do VAR e processa CBF tem 1ª derrota

Juiz analisa lance no VAR em jogo da Liga dos Campeões -  Ian KINGTON / AFP
Juiz analisa lance no VAR em jogo da Liga dos Campeões Imagem: Ian KINGTON / AFP
do UOL

Colunista do UOL

10/10/2021 14h13

Em junho último um engenheiro civil entrou com uma ação de indenização e plágio contra a CBF (Confederação Brasileira de Futebol)

Boliviano, morador no Brasil, Fernando Menendez Rivero ele apresentou à Justiça do Rio provas e documentos comprovariam que o projeto do VAR (Video Assistent Referee, cuja finalidade é reduzir a quantidade de erros humanos (dos árbitros (durante competições.

Ele diz ter vislumbrado a ideias e a começado a trabalhar no seu próprio VAR em 2004, depois que viu o time que torcia (Club Deportivo Oriente Petrolero) ser "garfado" numa partida decisiva.

Segundo ele, em julho de 2005 o projeto já estava pronto e ele o registrou no Senapi (Servicio Nacional De Propriedade Intelectual da Bolívia).

Logo após o registro ele afirma que apresentou o projeto para os executivos da CBF..
Rivero disse ter ficado embasbacado quando viu a CBF, 14 após sua visita, lançar com estardalhaço, ao lado da Fifa, o tal VAR que vemos hoje em boa parte das partidas de futebol.

Ele não só exige indenização por violação de diretos mas também por plágio. O caso ainda está longe de terminar, mas Rivero já perdeu o primeiro "round".

VAR vai continuar

Em ação impetrada na 3ª Var Empresarial do Rio de Janeiro, o engenheiro fez pedido liminar para que o VAR deixasse de se usado em todas as partidas, e especialmente pela TV Globo, enquanto a Justiça não tomar uma decisão final.

O juiz Luiz Alberto Carvalho Alvez recusou o pedido de tutela de urgência para a retirada do equipamento do ar.

."Mediante os fatos narrados na inicial e na documentação acostada nos autos, em cogniçao sumária, não se vislumbram os requisitos para o deferimento da medida liminarmente" (a retirada do VAR).

O Juiz designou ainda uma audiência de conciliação para que as partes (Rivera, CBF e Fifa) tentem chegar a um acordo.

Caso não haja conciliação, o processo seguirá seu trâmite na mesma Vara, dessa vez com a mediação de um juiz.

Outros lados

A coluna está tentando ouvir a CBF e a Fifa. Até o momento não houve contato. Se e quando isso ocorrer, a posição das entidades será incluída neste texto.

Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook, Instagram e site Ooops

Entretenimento