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Natuza Nery e Maria Beltrão seguram choro ao falar da situação da pandemia

Maria Beltrão se emocionou com discurso de profissional da saúde - Reprodução/GloboNews
Maria Beltrão se emocionou com discurso de profissional da saúde Imagem: Reprodução/GloboNews
do UOL

Do UOL, em São Paulo

03/03/2021 14h46Atualizada em 03/03/2021 14h58

As jornalistas Natuza Nery e Maria Beltrão se emocionaram ao tratar da situação do Brasil na pandemia de coronavírus — ontem o país bateu o recorde de mortes em 24 horas com 1.726 brasileiros mortos.

Durante o "Estúdio i", da GloboNews, Maria Beltrão acionou a colega para comentar sobre a situação crítica de falta de leitos de UTI no país.

A âncora já aparecia emocionada antes de passar a palavra para Natuza.

"Cadê o estadista, o consolo? Cadê a humanidade? Está na hora de eu te chamar, Natuza, sei que você está chorando... não é a toa que faço uma oração. As pessoas tinham que ter uma aula de UTI", disse Beltrão.

Em seguida, Natuza Nery demonstrou sensibilidade ao descrever como os profissionais da linha de frente do combate a covid-19 estavam neste momento.

Ela também criticou a atuação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

"É isso que o presidente deveria fazer, o que o ministro da Saúde deveria fazer. Passar uma hora do dia da vida deles, uma vez só, para entender como as pessoas morrem. O que sacrifício dos médicos de saúde, o que essas pessoas passam. Esse depoimento da Doutora Thais é devastador. Ele tem o medo da morte, do abandono, da dedicação dos profissionais e uma criança que pode ficar órfã porque só tem uma pessoa na vida, que é o pai, que está com covid", contou

Natuza - Reprodução/GloboNews - Reprodução/GloboNews
A jornalista Natuza Nery criticou atuação de prefeitos, governadores e do ministro da Saúde Eduardo Pazuello
Imagem: Reprodução/GloboNews

A comentarista de política ainda cobrou posicionamentos públicos de autoridades de governos municipais estaduais e do federal como forma de se sensibilizar com as vidas perdidas.

E um presidente e um ministro, governador e prefeito e olha uma história dessa e não sente que tem o coração sendo rasgado. Onde fica a humanidade dessas pessoas? Num momento como esse, com mais de 1720 histórias por dia, não diz nada? Não faz nada? O mínimo do que poderia fazer de alguém no comando da Saúde era de pelo menos, e nem estou mais pedindo competência porquê não tem, pela humanidade. Mostrar que ele se importa. Mas nem isso vem

'Piorou'

Momentos antes, a âncora Maria Beltrão lembrou de um discurso popular sobre situações ruins que pioram e fez uma analogia com o atual cenário brasileiro.

"Piorou. A ciência adverte que aglomeração na pandemia, o número de mortes ia aumentar. E disparou. Mais um recorde. Uma surra de recordes. Uma realidade que justificaria um luto coletivo, nacional. Mas tem muito 'e daí?' por aí. Tem a fadiga das pessoas que levam a muita cegueira", começou.

E antes de exibir uma matéria com relatos de familiares de pacientes e alerta de especialistas, Beltrão fez um apelo para a população.

Mas não há lugar para a apatia nesse momento. Não podemos deixar que o Brasil seja o país da asfixia e da anestesia. Com respeito aos mortos, é tempo de despertar

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