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Maria Beltrão cita Lenine em apelo após 250 mil mortes por covid-19

do UOL

Do UOL, em São Paulo

26/02/2021 14h14Atualizada em 26/02/2021 17h11

A jornalista Maria Beltrão abriu o programa "Estúdio i" da GloboNews fazendo um apelo para a conscientização da população brasileira um dia após o país bater o recorde de mortes em 24 horas em decorrência da covid-19.

A apresentadora citou um trecho da música "Paciência", de Lenine, para falar sobre a importância da vida — e de se prezar por ela neste momento.

"Hoje, um ano após o primeiro caso de covid-19 no Brasil, a reflexão é sobre a relatividade do tempo. Quanto tempo já se passou e quantas lições ele deixou. E será que aprendemos?", começou a jornalista.

Maria Beltrão continuou seu discurso criticando a Câmara dos Deputados por se preocupar em aprovar a PEC da imunidade parlamentar — criticada por abrir brechas e por ter sido colocada em discussão de forma muito rápida.

Acabamos de bater o recorde de mortes de toda a pandemia. Em 24 horas, 1.582 pessoas morreram. Mais de 1.500 vidas perdidas assim [em um gesto de estalar os dedos]. Os deputados da Câmara acham que não têm tempo a perder. Mas o esforço não é para aprovar medidas contra o coronavírus. A pressa é para votar uma proposta que dificulta a prisão de parlamentares. Nossos representantes não estão perdendo tempo em legislar em causa própria

Ela anunciou que o cantor e compositor participaria do programa para falar sobre um documentário na GloboNews, em que irá narrar.

A jornalista viu a chance de refletir e fazer um apelo para os telespectadores mediante o avanço da pandemia.

"Já que citei Lenine, peço emprestada a letra de uma de suas músicas para fazer um apelo para a conscientização em tempos de pandemia: Será que é tempo que lhe falta para perceber? Será que temos esse tempo para perder? E quem quer saber? A vida é tão rara, tão rara", concluiu.

Números assustam

Ontem, o Brasil bateu o recorde de mortes pela covid-19 em 24 horas, segundo os dados apurados pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado em dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.

Foram 1.582 vidas brasileiras perdidas, marcando o dia mais letal da pandemia até agora.

Até então, o dia com maior número de mortes por covid-19 havia sido computado em 29 de julho, com 1.554 óbitos. Os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais. O total de vítimas até agora é de 251.661 — segundo o balanço de ontem.

No mesmo dia, o presidente da república Jair Bolsonaro (sem partido) foi na contramão das medidas eficazes comprovadas e aconselhadas pelos cientistas: questionou o uso de máscaras e o isolamento.

"Começam a aparecer os efeitos colaterais das máscaras", disse, depois de listar uma série de problemas supostamente causados pelas máscaras. "Eu tenho minha opinião sobre as máscaras, cada um tem a sua, mas a gente aguarda um estudo sobre isso feito por pessoas competentes", acrescentou.

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