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Justus revela data de novo 'O Aprendiz' e critica João Doria

Roberto Justus no Pânico - Reprodução/Youtube
Roberto Justus no Pânico Imagem: Reprodução/Youtube
do UOL

Do UOL, em São Paulo

02/06/2020 15h27

O empresário e apresentador do programa O Aprendiz da TV Bandeirantes, Roberto Justus, criticou o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), na gestão da pandemia de coronavírus. Para ele, as medidas de isolamento social, com rigoroso controle sobre o fechamento de setores econômicos, duraram mais do que o aceitável.

Justus mostrou estar mais alinhado ao discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) buscando um equilíbrio entre as medidas preventivas à covid-19 e o funcionamento da economia, embora acredite que o chefe do executivo também cometa erros: "O Bolsonaro, infelizmente, não tem a habilidade para explicar o que ele quer dizer [sobre o fechamento de setores econômicos na pandemia]. Mas eu disse para o João Dória que, se eu fosse presidente, ele estaria em maus lençóis, porque eu explicaria um pouco melhor isso, de forma mais coerente mostraria o que deveria ser feito. E o Bolsonaro não pode ir no meio do público sem proteção, pegar criança no colo, ir em manifestação. Esse não é o exemplo", afirmou em entrevista concedida hoje ao Programa Pânico, da Rádio Jovem Pan.

O empresário ressaltou que não minimiza e lamenta os óbitos causados pela covid-19, mas disse que o isolamento pode gerar mazelas maiores, como o desemprego e mais mortes causadas pela fome: "A Unicef [Fundo das Nações Unidas para a Infância] já publicou estudos mostrando que milhões de crianças podem morrer de fome, de miséria e de violência graças ao lockdown mundial. E isso não tem peso? Quantos milhões de pessoas não vão ter comida? Nos Estados Unidos estão acontecendo protestos pelo assassinato covarde de George Floyd. Mas vocês não acham que 40 milhões de desempregados não estão aproveitando essa faísca para tornar essa convulsão social muito maior do que seria, invadindo lojas, roubando coisas, porque não têm o que comer? É tudo isso que o mundo vai pagar de preço pelo exagero de segurar as pessoas saudáveis em casa e acabar com a economia do mundo", opinou.

Convite para se candidatar à Presidência

Apesar de se posicionar politicamente, Justus negou que pretenda entrar política. Mas revelou que foi convidado pelo ex-presidente, Michel Temer (MDB) para ser o candidato emedebista nas eleições presidenciais de 2018: "Ainda nem existia essa onda do Bolsonaro. O presidente Michel Temer me chamou à Brasília para conversar com ele e ver se eu queria ser candidato. Foi na época que o João Dória foi eleito prefeito de São Paulo, o Donald Trump assumiu a Casa Branca, enfim, todos os participantes do 'Aprendiz' entraram na política. Na época, eu declinei, até por esse meu estilo franco demais", contou.

Embora negue as pretensões políticas, o empresário mostrou-se arrependido de não ter aceito o convite: "Eu não imaginava que daria para ser eleito sem apoio empresarial. Porque o apoio privado já não é bom, você vai ter que dar alguma coisa em troca depois. Mas se eu soubesse que é possível, de forma decente e honesta, ser eleito por redes sociais, como foi o presidente Bolsonaro, talvez eu tivesse pensado diferente".

Nova temporada de 'O Aprendiz'

Justus aproveitou a entrevista para revelar a data da nova temporada de "O Aprendiz". Segundo ele, o programa voltará a ser exibido no dia 7 de setembro, na TV Bandeirantes.

O apresentador evitou dar muitos detalhes, mas disse que os expectadores podem esperar novidades no show: "Vamos voltar de um jeito absolutamente inédito. Não posso falar tudo ainda porque a Band deve anunciar nos próximos dias. Mas vai ser um novo jeito. Até muito arriscado, estranho, diferente de fazer. Vamos ter muito mais interação com o público. Vai ser muito legal", encerrou.

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