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Campeã do 'The Circle' quer ser cantora e adora haters: 'Sinal de sucesso'

Marina Gregory, vencedora do "The Circle Brasil" - Instagram/Reprodução
Marina Gregory, vencedora do "The Circle Brasil" Imagem: Instagram/Reprodução
do UOL

Daniel Palomares

do UOL, em São Paulo

29/03/2020 04h00

Marina Gregory, carioca do Méier de 25 anos, venceu a primeira temporada do reality show "The Circle Brasil", da Netflix que virou febre durante a quarentena dos brasileiros. Isolada por um mês num apartamento em Manchester, na Inglaterra, a jovem foi eleita a mais popular do grupo e faturou o prêmio de R$ 300 mil.

Em papo com UOL, Marina atribui a vitória à sua autenticidade em meio a tantos perfis montados e fakes. "Acho que venci por ser transparente. Meu segredo foi esse. Quem foi fake não conseguiu se estabilizar. Quando você já começa numa mentira, é muito difícil levá-la até o final. Vai ter uma hora que você vai querer contar a verdade, você acaba não confiando nos outros", opina. "Até pensei em interpretar um personagem no programa, mas achei que não ia conseguir".

"Meu único arrependimento foi ter esquecido de levar um biquíni, só isso!", brinca. "Se eu pudesse, faria tudo de novo. Sou muito grata. Não mudaria nada, ser verdadeiro é sempre o melhor caminho", decreta.

Fãs e haters

Marcada pelo seu jeito simpático, comunicativo e sua autoestima sempre em dia, Marina viveu intensamente o programa. Acabou se apaixonando por um perfil fake de outra mulher, criou laços de amizade, dançou, chorou e quase foi bloqueada da competição. Nas redes sociais, o #TeamMarina já ganhou força desde o início da exibição do reality na Netflix.

"Está sendo muito louco, é tudo muito novo para mim. Já recebi muitas críticas pelo meu jeito no Instagram. Eu tento até responder de maneira delicada e quando respondo, eles elogiam. Estão é querendo biscoito!", ironiza. "Haters todo mundo tem. Se você tem haters, é sinal de sucesso! Eu tenho um carinho enorme pelos fãs que consegui, tento falar com todo mundo. Gosto de chamá-los no privado. Eu ligo, eles choram, é bem legal. Esse engajamento é importante", pontua.

The life of the party! #vegasbaby

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Jamais pensaria que eu ia estar inspirando tanta gente aqui fora. Isso é muito gratificante. Eu fico muito feliz por representar o Rio de Janeiro, e por ser uma mulher plus size, negra, que muda o cabelo o tempo inteiro. Vejo as meninas falando comigo felizes de se sentirem representadas. Até chorei esses dias quando uma menina disse que ficou feliz de ver alguém no programa com o cabelo parecido com o dela.

Romance fake e autoestima

No programa, Marina acabou não resistindo às investidas de Lucas, que ela pensava ser um jovem rapaz com estilo surfista, mas, na realidade, era um perfil falso criado por Loma, uma garota lésbica de São Paulo.

"Eu tinha me apaixonado mesmo pelo Lucas e quando eu recebi a visita da Loma, fiquei chateada pelo fato de que tudo foi uma fantasia, uma ilusão", lamenta, aos risos. "Mas depois que eu conheci a Loma, não tinha como ficar chateada. Ela é uma menina de muita luz", elogia Marina.

Além de Lucas ou Loma, Marina contou com uma grande aliada na disputa: Lorayne. Após a eliminação das duas, a carioca se viu sozinha no jogo e sentiu receio de ser a próxima bloqueada.

"Quando eu perdi duas pessoas queridas, fiquei no chão. Me senti sozinha, não tinha me apegado aos outros. Rolou insegurança, entraram pessoas novas, tive medo de se destacarem mais do que eu", admite Marina, que ficou com a confiança abalada, mas logo arranjou uma maneira de se reerguer.

"Na vida real, eu sempre ligava muito para o que as pessoas falavam de mim. Sofri bullying quando era pequena, fiquei com muita coisa na minha cabeça", conta. "Depois que comecei a ter minha autoconfiança, parei de ligar para o que as pessoas pensam. Eu tinha essa rotina lá no Circle todos os dias. Olhava para o espelho e dizia: 'Marina você é maravilhosa, pode tudo, você é linda, seu corpo é lindo'", relembra.

Nova carreira

Com o prêmio que recebeu, Marina espera comprar seu primeiro apartamento e finalmente morar sozinha, sem os pais. "Eu falo que não aguento mais viver com meus pais, mas sem eles, não sou nada. Eles são meu mundo", se derrete ela, que procura um novo lar no Rio, em São Paulo ou até quem sabe nos Estados Unidos.

Marina também espera poder se dedicar à sua carreira dos sonhos: a de cantora. Fã de nomes como Rihanna, Beyoncé, IZA, Anitta e, especialmente, Ludmilla, a carioca canta desde pequena e costumava publicar vídeos seus no YouTube.

"Sempre quis ser cantora. Hoje, eu canto melhor do que na infância e quero investir nisso. Sonho em me apresentar nas premiações da MTV, no programa do Luciano Huck", almeja. E dá um último recado: "Ludmilla, me nota!".

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