Topo
Entretenimento

Fagundes sobre Regina Duarte: "pena de artista que entra na política"

Antonio Fagundes com Regina Duarte em Por Amor - Globo/Divulgação
Antonio Fagundes com Regina Duarte em Por Amor Imagem: Globo/Divulgação
do UOL

Do UOL, em São Paulo

24/01/2020 13h56

Resumo da notícia

  • Antônio Fagundes opinou sobre possibilidade de Regina Duarte como secretária da cultura
  • "Tenho sempre pena de artista que entra nessa jogada [da política]", comentou
  • "Com 0,6% do orçamento, ninguém consegue gerir um patrimônio cultural do tamanho do Brasil"

Antônio Fagundes comentou sobre a possibilidade de Regina Duarte se tornar secretária da cultura do governo Jair Bolsonaro, dizendo "esperar que ela não saia queimada" da posição.

Em entrevista ao jornal O Globo, o astro de Bom Sucesso comentou: "Tenho sempre pena de artista que entra nessa jogada [da política]. Temos tanta coisa para fazer, e o jogo sujo da política só pode trazer coisa ruim".

"O fato é que com dotação orçamentária de 0,6% ninguém consegue gerir um patrimônio cultural do tamanho do Brasil. Não falo só de teatro e cinema, mas de patrimônio histórico, museus, sinfônicas, companhias de dança, de circo...", enumerou ainda.

"Este enorme patrimônio que cria a nossa sociedade e faz com que nos reconheçamos no outro. Governo que destina essa quantia à Cultura não se interessa pelo Brasil. E esta, infelizmente, não é prerrogativa desse governo, acontece desde 1500", completou.

Fagundes também criticou a política da Lei Rouanet. "Patrocínio é bom, mas a forma com que foram usando deu errado. A gente não pode deixar política cultural na mão de gerente de marketing", disse.

"Quem tem que determinar é o público. Temos que ter liberdade de fazer, e o público, de assistir. Se não quiser, é só não ir. Arte tem que ser livre", definiu ainda.

Por Amor e fama de "galã"

Além de Bom Sucesso, o ator esteve no ar em 2019 com Por Amor, que foi reprisada no Vale a Pena Ver de Novo. Seu personagem, Atílio, é visto por muitos como um mulherengo incorrigível, mas Fagundes o considera mais sensível que a média.

"Ele tinha delicadeza e gentileza. Fazia saladinha, mandava flores, era romântico. Não lembro de nenhum assédio do Atílio, ele era respeitoso", comentou. "Acho até que ele era delicado demais. Na época, lembro de pensar 'meu Deus, o cara faz saladinha'".

"Talvez, atualmente, ele fosse criticado pelos homens, porque hoje, infelizmente, quem faz saladinha está apanhando na rua", disse ainda, se referindo à homofobia.

Por fim, Fagundes revelou que não se considera galã: "Você não se faz galã, as pessoas é que te fazem. Até porque ser bonito ou não é relativo. Eu, particularmente, não sou meu tipo de homem. Nunca entendi quando dizem que sou bonito. Homem bonito para mim é Mastroianni, Brad Pitt".

Ouça o podcast UOL Vê TV, a mesa redonda do UOL sobre televisão com os colunistas Chico Barney, Flávio Ricco e Mauricio Stycer.

Os podcasts do UOL estão disponíveis no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e outras plataformas de áudio.

Entretenimento