Ricardo de Barros pede dispensa da superintendência da RedeTV

Após cerca de dois anos, Ricardo de Barros pediu desligamento da superintendência artística da RedeTV.

No entanto, ele continuará na emissora, como diretor do "Encrenca", cargo que já acumulava com a superintendência.

Segundo a coluna apurou, Barros avisou que fica oficialmente no cargo até a próxima semana, mas já não terá mais relação com a programação da RedeTV em 2020.

Nos últimos dois anos ele criou programas como o "Tricotando" e o "Olga".

O diretor também foi co-criador e diretor do "Pânico na TV", e co-criador do "Encrenca" —hoje o maior sucesso de audiência da casa.

Ele é o terceiro a deixar esse posto. Antes dele Elias Abrão (irmão de Sonia) e Monica Pimentel (atualmente no Grupo Discovery) também ocuparam o cargo.

Em seus dois anos, Barros lançou dois programas sem fazer uma única contratação. A despeito do título, o superintendente da RedeTV tem pouca autonomia devido à completa falta de dinheiro para investimento em programação e novas atrações.

Assim como as demais TVs abertas, a RedeTV vem sofrendo com a queda de gastos publicitários e aumento de custos. Recentemente fez uma tentativa malsucedida de corte de gastos visando os salários dos funcionários.

A medida, retirada, quase provocou uma greve na casa.

A coluna tentou falar com Barros nesta segunda-feira, mas não teve êxito. Procurada, a assessoria da emissora confirmou a saída.

"A RedeTV! informa que Ricardo de Barros encerrará suas atividades na Superintendência Artística em janeiro de 2020. Em comum acordo com o canal, o executivo deixará o cargo, após quase dois anos de uma trajetória de sucesso, respeito e parceria. Ricardo de Barros voltará a dedicar-se exclusivamente ao Encrenca como diretor-geral do programa, função que exerce há cinco anos alcançando excelentes resultados comerciais e de audiência.A RedeTV! agradece a liderança e o comprometimento de Ricardo durante a gestão, marcada pelo desenvolvimento de projetos, reestruturação de importantes áreas do núcleo artístico e implementação de conteúdos na grade de programação", informou a emissora.

Em julho, em uma entrevista exclusiva a esta coluna, o executivo contou que, devido ao acúmulo de funções, chegava a passar mais de 18 horas diárias na sede da emissora em Osasco.

E que boa parte dessas horas era consumida pela "construção" e edição semanal do "Encrenca" —mais até do que o trabalho de executivo.

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