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Homem é preso após fazer ameaças à dupla Simone e Simaria por dois anos

Simone e Simaria - Pedro Molinos/Divulgação
Simone e Simaria Imagem: Pedro Molinos/Divulgação
do UOL

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL, em Porto Alegre

13/11/2019 13h11

Um homem de 46 anos foi preso preventivamente em Novo Hamburgo (RS) por fazer ameaças pelas redes sociais à dupla sertaneja Simone e Simaria por dois anos.

Na última delas, feita pelo Instagram, Ricardo Welter afirmou que as cantoras teriam que matá-lo para poder cantar no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, em 14 de dezembro. A situação preocupou a assessoria da dupla, que procurou o Ministério Público de Santana de Parnaíba, em São Paulo, onde vive Simone. Em seguida, foi obtido o mandado de prisão com a Justiça paulista por injúria e ameaça.

Segundo o delegado Alexandre Quintão, o homem foi preso em casa, onde mora com a esposa e os dois filhos. Não houve resistência.

Na delegacia, ele afirmou que conheceu a dupla em 1996, quando morou por um mês em Campo Grande. Na época, foi atingido por um tiro que, segundo relato de Welter, teria sido disparado por familiares das cantoras que não queriam que ele se aproximasse delas. "A gente já verificou e isso não procede", destacou o delegado.

Em nota, a assessoria da dupla afirmou que "reserva-se quantos aos detalhes, aguardando o decorrer de sua tramitação (do processo judicial)". Entretanto, reforçou que só procurou o MP "por decorrência dos reiterados e graves ataques sofridos pelas artistas em suas respectivas redes sociais e no exclusivo objetivo de preservação da integridade física das cantoras e seus familiares".

As ameaças começaram em 2017. Para a polícia, Welter disse que estava passando por dificuldades financeiras e procurou a dupla pelas redes sociais para ajudá-lo. Sem resposta, passou a ameaçá-las. "Ultimamente ele começou a fazer ameaças muito fortes. Quando ele postou que, para fazer o show, deveriam matá-lo, a assessoria das cantoras ficou apavorada", disse o delegado.

Quintão afirmou que havia risco para a segurança da dupla sertaneja e para o público caso as ameaças se concretizassem no show em Porto Alegre. As postagens foram feitas em dois perfis no Instagram - um deles recentemente apagado.

Além disso, o homem afirmava que era inspiração para a dupla fazer a música 126 cabides. "Para ele, fazia referência ao dia 1º de fevereiro de 1996, quando foi atacado em Campo Grande. Mas a letra nem é delas, é do compositor Tatau, do Araketu", disse o delegado.

Segundo a polícia, o homem é usuário de crack e cocaína há duas décadas e, devido ao uso contínuo de drogas, pode estar delirando. Welter tem diversos antecedentes criminais por furtos, desacato e desobediência à autoridade policial. Da ficha criminal, constam ainda quatro registros de violência doméstica, que resultaram em pena no regime semiaberto na Penitenciária Estadual de Montenegro.

O homem nasceu em Santa Rosa, a 486 quilômetros de distância de Porto Alegre, mas morou no litoral gaúcho, onde estão concentradas a maior parte das ocorrências contra ele. Há cinco anos, ele reside em Novo Hamburgo. Em depoimento à polícia, Welter confirmou as ameaças e salientou que sabia que seria preso. "Ele disse: 'ultimamente eu esculachei demais'", disse o delegado. Welter ainda não tem advogado constituído.

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