Juíza nega pedido do ator Jussie Smollett de arquivar processo após "encenação"
A juíza federal Virginia Kendall negou pedido da defesa do ator Jussie Smollett para o arquivamento de processo movido pela polícia e a cidade de Chicago contra ele, segundo informações da revista Variety e da rede de TV americana CNN.
O Departamento de Polícia e a cidade de Chicago decidiram processar Smollett após encenar ataque homofóbico a fim de conseguir um aumento de salário na série "Empire".
A juíza rejeitou a alegação de Smollett de que ele "não deveria pagar US$ 130 mil em horas extras da polícia, mais US$ 260 mil em danos, porque ele não podia prever a seriedade com que a polícia levaria seu relatório de crimes de ódio". Com isso, ela permitiu que o processo prossiga.
As reviravoltas do caso
Smollett foi acusado de pagar dois homens que conheceu no set da série "Empire" para atacá-lo nas ruas de Chicago no fim de janeiro. Segundo a polícia da cidade norte-americana, Smollett estava insatisfeito com o seu salário, e achou que um ataque de teor racista e homofóbico poderia aumentar sua notoriedade.
Poucos dias depois das acusações formais contra o ator, os "furos" no caso começaram a aparecer. Em depoimento à polícia, os irmãos supostamente contratados por Smollett disseram que o dinheiro que receberam do ator na verdade era pagamento pela prestação de serviços de personal trainer.
Em coletiva de imprensa pouco antes da prisão do ator, o superintendente da polícia de Chicago, Eddie Johnson, apresentou o cheque assinado por Smollett para os irmãos como prova das acusações.
Johnson também afirmou à imprensa que Smollett havia escrito a carta de conteúdo ameaçador que chegou ao set de "Empire" alguns dias antes do ataque. Na realidade, segundo o TMZ, as investigações da polícia e do FBI não conseguiram determinar a autoria da carta.
A promotora-chefe de Chicago, Kim Foxx, justificou o fim do processo contra Smollett dizendo que ele seria condenado apenas a prestar serviço comunitário caso fosse a julgamento. Ela disse que o ator já trabalha como voluntário em várias iniciativas municipais.
Pouco depois da notícia, o presidente dos EUA, Donald Trump, se manifestou nas redes sociais. Ele disse que vai ordenar ao FBI que faça uma revisão do caso, alegando que o fim do processo contra o ator é uma "vergonha nacional".
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