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Canuto explica o tapa que deu ao vivo em entrevistado na Globo

Canuto no Pânico, da Jovem Pan - Reprodução/Jovem Pan
Canuto no Pânico, da Jovem Pan Imagem: Reprodução/Jovem Pan
do UOL

Do UOL

14/10/2019 15h35

O jornalista Márcio Canuto, recém-aposentado da TV Globo, foi o convidado desta segunda-feira (14) do programa Pânico, da rádio Jovem Pan.

Alguns momentos inusitados da carreira de Canuto foram os pontos marcantes da entrevista do jornalista. Além, é claro, da recente saída de Canuto da Globo.

"Sim, eu me aposentei. Estava cuidando da renovação de contrato. Meu contrato inclusive tinha sido estendido na Globo, quando no meio da conversa me caiu um raio: 'Rapaz, está na hora de você dar uma parada, aproveitar isso'. Eu parei para pensar que estou cheio de energia aos 73 anos. São 57 anos acordando muito cedo. Eu passei 30 anos praticamente sem um dia de folga porque no domingo eu fazia futebol...", disse Canuto antes de agradecer o carinho dos amigos de redação e contar como fez para chegar à emissora carioca.

"Eu diria que fui mais ou menos um Romário da vida. A chance apareceu e eu chutei para o gol. Até eu não sei direito, mas eu era diretor de jornalismo da TV Gazeta, do esporte... Ia ter um jogo entre Brasil e Irlanda do Norte, 1981. Era reinauguração do estádio Rei Pelé e a Globo ligou pedindo uma matéria. Não tinha ninguém para fazer. Era eu mesmo, ninguém me ensinou a pegar no microfone, eu era um observador. E fui fazer!", disse.

"Essa matéria eu acho que é um feito. Ela foi a primeira matéria que eu fiz na minha vida, encerrou o Globo Esporte e depois foi reproduzida no Jornal Nacional. Logo na primeira. Foi uma façanha, uma benção de Deus. Não conheço nada igual!", exclamou Canuto antes de dizer que, ao modo tradicional, isso seria algo impossível de acontecer.

"Eu era um produto acabado, iniciado, 'antipadrão'. Tudo e mais um pouco. Aí não daria para pegar um avião para São Paulo, Rio de Janeiro... Não daria para fazer um teste. Eu não teria chance nenhuma. Grande, careca, meio rouco! O que ajudou foi o estilo que fugia mesmo do comum. Texto diferente, passagem mais dinâmica! Não que eu seja lá essas coisas, mas ajudou bem!"

O famoso tapa

Questionado pela bancada, Márcio Canuto teve que explicar a "célebre" entrevista com um fã da cantora Madonna, à epoca em turnê pelo Brasil, que terminou com um tapa no rosto do entrevistado.

"Era um momento de pânico geral em 2008. Economia internacional em pânico. Quem perdia o emprego tinha enorme dificuldade de se recolocar no mercado. Aí surgiu um contador formado na porta do show da Madonna dizendo para mim que estava ali mesmo contra a vontade do patrão. Ele me contou essa história três vez antes [de entrar ao vivo no link] dizendo que o chefe dele o colocou na parede: 'Ou é o emprego ou é o show da Madonna'. Chegou na hora e ele soltou: 'O emprego?! Eu quero que o emprego se f...!'. Eu não acreditei", disse Canuto indignado.

"Ele tinha contado essa história três vezes sem nenhum palavrão. Eu me senti traído. Quando eu fui ver a minha mão já tinha ido acompanhar o rosto dele... Foi o minuto mais demorado da minha vida. Eu não sabia se tinha perdido o emprego, se não... Eu tentei contornar a situação, mas não foi fácil", destacou.

Canuto ainda completou a história contando como foi a agonia da espera pela repercussão do caso.

"Pouco tempo depois me chamaram no ponto e mandaram eu me preparar para um link de quatro minutos... Fiquei aliviado, mas só me acalmei mesmo quando cheguei na redação e todo mundo me aplaudiu", encerrou aos risos.

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