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Stallone diz que não tem direitos autorais de Rocky: "Fico furioso pensando nisso"

Sylvester Stallone em cena de "Rocky, um Lutador" (1976) - Reprodução
Sylvester Stallone em cena de "Rocky, um Lutador" (1976) Imagem: Reprodução
do UOL

Caio Coletti

Do UOL, em São Paulo

23/07/2019 10h32

Em nova entrevista com a Variety, o astro Sylvester Stallone revelou que não detém os direitos autorais do personagem Rocky Balboa, que criou no filme Rocky: Um Lutador, de 1976. O ator confessou que este é um grande ressentimento para ele.

"Quando Rocky 2 saiu [em 1979] e fez um monte de dinheiro, e depois Rocky 3 [em 1982] lucrou mais ainda, eu disse para os produtores que gostaria de ter uma parte dos direitos autorais. Afinal, eu criei o personagem", contou Stallone.

"Isso nunca aconteceu. Eu não sou dono de nada da franquia Rocky. Meu advogado [Jake Bloom] me disse que eu não podia ter os direitos autorais. Que isso não acontecia em Hollywood. Ele me disse: 'Olha, eles estão te pagando bem por esses filmes, não reclame'", comentou ainda.

Stallone culpa a si mesmo, no entanto, por não pressionar mais o estúdio. "Eu estava preocupado com outras coisas naquela época. Quando chegamos a Rocky Balboa [filme de 2006 que reviveu a popularidade do personagem e do ator], eu estava em uma posição fraca para negociar", disse.

"Eu confesso que fico bem furioso pensando nisso", adicionou o ator. "Os filmes de Rocky passam na TV ao redor do mundo. Fizemos seis filmes dele, e agora também temos Creed e Creed 2. Eu amo Hollywood, não me leve a mal. Meus filhos e meus netos estão com a vida ganha por causa de Hollywood. Mas há cantos escuros nesse ramo, e as pessoas às vezes só querem f*** com você".

O astro ainda falou sobre a época em que era considerado "coisa do passado" na terra do cinema. "Eu entrei em uma onda de fracassos, e foi intensa. Parecia que eu estava acabado mesmo", definiu Stallone. "Nem meus agentes queriam trabalhar comigo".

Stallone citou filmes como Daylight (1996) e D-Tox (2002), lançados nesta época, como alguns dos seus preferidos na carreira. "Eu amo aqueles filmes, mas eles funcionaram ao contrário: a crítica gostou, mas o público não. E a opinião geral era que meu momento tinha passado, que eu era uma espécie em extinção", comentou.

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