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Análise: "Malhação" resiste ao tempo, mas perde 50% do público em 15 anos

Joaquim Lopes, Paloma Duarte, Alanis Guillen e Pedro Novaes estão em "Malhação:Toda Forma de Amar" - Divulgação/TV Globo
Joaquim Lopes, Paloma Duarte, Alanis Guillen e Pedro Novaes estão em "Malhação:Toda Forma de Amar" Imagem: Divulgação/TV Globo
do UOL

Colunista do UOL

26/05/2019 14h40

"Malhação" é um dos produtos mais longevos da Globo.

No ar há quase 25 anos, com 27 temporadas e quase 6.000 episódios destinados aos telespectadores adolescentes, a produção sempre foi líder de audiência em todo o país, a despeito dos tropeços.

Além de servir de "alavanca" no ibope para a programação de início de noite, "Malhação" sempre teve uma outra função estratégica: gerar talentos para a vasta e incomparável produção dramatúrgica da Globo.

Mesmo assim, a perda de público da novela "teen" é palpável e visível em números. Dados consolidados de ibope, obtidos pela coluna, mostram que nos últimos 15 anos ela perdeu exatamente a metade dos televisores que antes a sintonizavam.

"Malhação 2004", que teve início em 19 de janeiro daquele ano, obteve 59% de share na Grande São Paulo, segundo o ibope. Share é a participação percentual de um programa no universo de TVs ligadas.

Isso significa que quase 6 em cada 10 aparelhos de TV na região, em 2004, sintonizavam a novelinha vespertina da Globo.

A atual temporada, "Toda Forma de Amar", está registrando 29,5% de share. Ou seja, metade.

Se pegarmos apenas a última década "Malhação" já perdeu um quarto de seu público. Desde "a 2ª temporada de "Múltipla Escolha" (2000), a perda de TVs que deixaram de sintonizar o programa é de 42%.

Mesmo assim ainda é um produto de enorme importância e de prestígio dentro e fora da Globo.

A temporada "Viva a Diferença", que terminou no ano passado, ganhou o Emmy Kids 2018 (a média geral dessa edição foi de 34,9% de share).

Pelo país, em pontos, na comparação dos 24 primeiros capítulos, "Malhação - Toda Forma de Amar" vem sofrendo rejeição em Salvador (dá 15,3 pontos, contra 16 da anterior, "Vidas Brasileiras"); Distrito Federal (13,2 x 17,2) e Goiás (8,3 pontos x 9,4).

Em Goiânia, aliás, a temporada atual não embalou: é terceira colocada, atrás de Record e SBT, respectivamente.

Na média geral do país, porém, está vencendo a anterior por um décimo: 17,8 x 17,7. Nessa medição cada ponto equivale a cerca de 254 mil domicílios sintonizados. Já nas capitais o ponto de valor variável de acordo com a população.

Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook e site Ooops

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