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Vítimas de Harvey Weinstein estão perto de indenização

24/05/2019 22h17

Nova York, 25 Mai 2019 (AFP) - Harvey Weinstein e seus ex-sócios chegaram a um acordo de princípio para pagar milhões de dólares para as mulheres que os processaram nos tribunais civis, uma primeira compensação para as vítimas do movimento #MeToo, que aguardam julgamento criminal do ex-produtor de Hollywood em setembro.

O acordo de princípio, que deve ser endossado por um juiz em Delaware em 4 de junho, foi divulgado pela imprensa americana, e seus detalhes ainda são desconhecidos.

Segundo fontes citadas pela imprensa local, prevê-se o desembolso de cerca de 30 milhões de dólares para mulheres envolvidas em quinze casos, incluindo aquelas que processaram Harvey Weinstein por assédio sexual, em episódios que remontam mais de duas décadas.

Outros 14 milhões de dólares irão para pagar os advogados de seus ex-sócios, que foram processados junto com Weinstein, acrescentaram as fontes.

A esperança é que esses 44 milhões de dólares - que seriam pagos pelos seguros, especialmente os da Weinstein Company - ponham fim às ações civis contra a produtora, incluindo a do Procurador Geral do Estado de Nova York, que no início de 2018, a acusou de não proteger seus empregados do assédio sexual de Weinstein.

"O processo tem sido longo e complicado e realmente achamos que este acordo oferece uma dose de justiça, embora não seja o quanto queríamos", disse para o Los Angeles Times Aaron Filler, advogado da atriz hispano-americana Paz de la Huerta, uma das mulheres que processa Weinstein.

Mas a atriz Ashley Judd, uma das primeiras mulheres a acusar Weinstein publicamente, afirmou nesta sexta-feira que não suspenderá a ação contra o ex-produtor.

Em janeiro, um juiz de Los Angeles recusou a denúncia de assédio sexual de Judd contra Weinstein, mas avaliou que a atriz poderia manter as acusações de difamação e dano à carreira.

"A ação de Ashley Judd contra Harvey Weinstein está em curso e temos a intenção de levá-lo a julgamento. Ela não faz parte de qualquer acordo", tuitou a atriz.

Para Bennett Gershman, professor de direito da Pace University e ex-promotor, o acordo é "uma vitória para as mulheres que dizem que foram maltratadas".

Mas também é uma boa notícia para Weinstein, e especialmente para sua antiga empresa, com a qual ele cortou os laços e agora "pode deixar para trás este grande dossiê e virar a página".

cat/lbc/ll/cc

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