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Robert Pattinson e Willem Dafoe flertam com a loucura em "The Lighthouse"

19/05/2019 09h39

Cannes (França), 19 mai (EFE).- Após o sucesso em 2015 com "A Bruxa", o diretor americano Robert Eggers mergulha nos limites do drama psicológico com "The Lighthouse", filme que leva Robert Pattinson e Willem Dafoe ao limite da loucura cinematográfica.

Os aplausos que recebeu após sua estreia neste domingo na Quinzena de Produtores, seção paralela do Festival de Cannes, confirmou a expectativa despertada por essa produção ambientada em uma remota ilha da Nova Inglaterra em 1890.

Pattinson e Dafoe são dois guardiões de um farol que se veem presos na região pelas más condições meteorológicas. Dois personagens opostos nos quais o isolamento, o álcool e os fantasmas do passado acabam despertando seus demónios.

O diretor, de 36 anos, tinha ressaltado antes da projeção que "nada bom pode acontecer quando dois homens ficam sozinhos em um falo gigante", e a trama leva ao extremo sua complexa dinâmica de poder e sua progressiva queda no inferno.

O filme está inspirado em uma história real de dois guardiões que ficaram presos em um farol durante uma tempestade. O mais velho morreu em um acidente e o mais jovem enlouqueceu por pensar que seria responsabilizado por sua morte.

Eggers se baseou em escritos da época, em canções e no dialeto local na busca de uma veracidade reforçada com uma filmagem em preto e branco e em 35 milímetros.

"Ajustar-se à realidade é bom, é mais fácil que inventar coisas", disse o diretor este domingo após a projeção, na qual esteve acompanhado pelos dois protagonistas.

Dafoe, por sua parte, declarou estava interessado em trabalhar com Eggers desde que viu "A Bruxa", enquanto Pattinson confirmou que depois que Hollywood lhe coroou como ídolo adolescente com a saga "Crepúsculo" se sente mais confortável em um cinema mais obscuro e independente.

O processo de filmagem, segundo afirmaram ambos em Cannes, não foi fácil: "Pensava que ia morrer", lembrou Pattinson ao falar de uma cena na qual teve que correr por pedras "que pareciam facas".

A equipe tinha máquinas de vento e chuva, mas nem sempre elas eram necessárias. "O ar soprava tão forte na Nova Escócia que havia momentos em que não podia ouvir-lhes estando a um passo de distância", contou o diretor. EFE

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