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Ex-dançarina do Molejo, atriz e repórter ganha programa na Band: "Sonho"

Luciana Picorelli comandará o "Sem Edição" - Imagem/Divulgação
Luciana Picorelli comandará o "Sem Edição" Imagem: Imagem/Divulgação
do UOL

Gilvan Marques

Do UOL, em São Paulo

26/04/2019 04h00

Quando estrear na Band Rio, no próximo dia 12 de maio, no comando do "Sem Edição", Luciana Picorelli vai por fim a uma espera de três anos. Anunciado em 2016 como nova atração da grade da emissora, o programa acabou engavetado por, segundo a própria, "falta de grana".

"É um programa que mistura jornalismo e entretenimento. Era o meu sonho de consumo e vai ser no meu jeitinho porra-louca de se fazer", conta animada ao UOL a jornalista de 35 anos.

O cancelamento em cima da hora, no entanto, foi só um numa carreira cheia de reviravoltas. Antes de ganhar seu primeiro programa solo, Luciana foi dançarina do Molejo e fez participações no "Zorra Total" e na novela "Caras & Bocas" (2009), na Globo.

Luciana Picorelli posa ao lado de Wagner Montes (1954 - 2019) - Divulgação - Divulgação
Luciana Picorelli posa ao lado de Wagner Montes (1954 - 2019)
Imagem: Divulgação

A migração para o jornalismo ocorreu em 2010, durante um teste para o elenco da novela "Poder Paralelo", na Record. O papel na trama não veio, mas um diretor viu no teste da ex-dançarina potencial para virar repórter de entretenimento do "Balanço Geral" local, apresentado por Wagner Montes.

Desinibida, com sua "voz rouca e jeitão bruto", como ela mesma se define, Luciana virou uma espécie de versão local de Fabíola Gadêlha, repórter policial e apresentadora eventual do "Cidade Alerta". E caiu nas graças de Montes, que a acionava sempre que queria dar um alívio cômico no noticiário barra pesada.

O apresentador, morto em janeiro, é considerado por Luciana um padrinho na TV. "Não quis ir ao enterro dele porque queria lembrar do Wagner com vida. Esse homem foi tudo na minha vida. Foi a pessoa que mais me ajudou."

Reprovada por Latino

Tanta versatilidade no currículo não incomoda a nova apresentadora, que espera levar toda essa experiência para o novo programa. "As coisas sempre aconteceram por acaso na minha vida, que foi pautada em cima de muita luta, mas, no final, mesmo sangrando, ferida, eu sempre consegui", filosofa.

Na adolescência, Luciana conta que vendeu cachorro-quente no Rio e sofreu um golpe de um empresário da primeira banda em que tentou a sorte. Daí em diante, perdeu o medo das portas fechadas. Uma delas, de Latino, de quem tentou se tornar uma das dançarinas antes do Molejo.

"Ele falou: 'É horrível, não dança nada'. Na época era ser luxo ser dançarina do Latino. Hoje não é mais", relembra ela, aos risos, mas jura não guardar rancor do cantor. "O Latino renasce das cinzas. Daqui a pouco está tocando nas rádios de novo".

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