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"O Carnaval é um bebê parrudo e precisa andar sozinho", diz Crivella

Crivella e o presidente da Riotur, Marcelo Alves. - Divulgação
Crivella e o presidente da Riotur, Marcelo Alves. Imagem: Divulgação
do UOL

15/02/2019 14h50

Na coletiva de imprensa na qual apresentou o planejamento da Prefeitura do Rio para o Carnaval 2019, na manhã desta sexta-feira (15), no Palácio da Cidade, o prefeito Marcelo Crivella insistiu no discurso da autosustentabilidade do desfile das escolas de samba e fez uma curiosa alegoria: "O Carnaval é um bebê parrudo, bem alimentado. Agora estamos no desmame, o ensinando a se tornar um menino bonito, que anda por suas próprias pernas".

Diante da plateia, que contava com a presença do presidente da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba), Jorge Castanheira, o prefeito rebateu as críticas de que não apoia o Carnaval por conta de sua opção religiosa. "Eu sou o prefeito de 6, 5 milhões de cariocas e governo para as pessoas de todas as religiões. Porém, preciso ter responsabilidade ao administrar em um momento de crise. Estamos criando condições para que o Carnaval tenha sustentabilidade, como o Rock In Rio", afirmou.

O prefeito e o presidente da Riotur (Empresa de Turismo do Rio de Janeiro), Marcelo Alves, adotaram um discurso otimista para a folia, que terá início neste sábado (16) com os primeiros desfiles de blocos pela cidade. "Estamos prontos. Não há evento no mundo que reúna 7 milhões de pessoas como o Carnaval do Rio. E posso assegurar que os órgãos públicos atuarão com eficiência", garantiu Alves.

Investimentos

Segundo presidente da Riotur, a Prefeitura investirá R$ 31,4 milhões nos festejos. Outros R$ 40 milhões foram obtidos com captações com a iniciativa privada por meio dos cadernos de encargos. Mesmo assim, as subvenções das escolas de samba sofreram redução e ainda não foram pagas. De acordo com Marcelo Alves, os pagamentos sairão na próxima segunda-feira, a menos de duas semanas dos desfiles.

"Fizemos um grande esforço e, para 2020, prometemos, já a partir de março, a conversar com as ligas para que possamos organizar melhor esses repasses", afirmou o presidente.

De acordo com a Riotur, o grande desafio para este Carnaval foi o ordenamento da cidade. Houve uma redução de 15% no número de desfiles de blocos, sendo 20% na Zona Sul da cidade. Serão ao todo 498 cortejos, contra 608 em 2018. Mas, para Marcelo Alves, isso não representará uma redução na grandiosidade da festa. 

"Conversamos com os blocos e eles entenderam que era necessário reduzir o número de desfiles. A Banda de Ipanema, que saía seis vezes, agora desfilará três, mas com toda a estrutura". Já os megablocos, como o Bloco da Preta e o Monobloco, foram transferidos para o Centro da Cidade, na Avenida Antônio Carlos.

Para que a rotina da cidade seja a menos afetada possível, todos os blocos serão acompanhados em tempo real no Centro de Operações do Rio. O prefeito, criticado em anos anteriores por ter viajado durante o Carnaval, garantiu que estará no local diariamente, monitorando a movimentação. A Prefeitura informou que 18 kms de cercas foram instalados em torno de canteiros, áreas de restinga e monumentos. Serão quase 33 mil unidades de banheiros químicos.

O presidente da Riotur festejou o fato de o site Booking.com ter atestado que o Carnaval do Rio de Janeiro tornou-se o mais procurado pelos turistas brasileiros. Até o momento, 83% dos hotéis estão ocupados, contra 76% no mesmo período no ano passado.  E prevê um incremento de R$ 3 bilhões para a economia da cidade. "Em 2018, recebemos 1,5 milhão de turistas e criamos 72 mil postos de trabalho. A expectativa é bater essa meta", afirmou Marcelo Alves.

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